sábado, 26 de novembro de 2011

RABIN TAGORE!

Do livro - O Jardineiro
Ninguém vive para sempre, e nada permanece muito tempo...
Lembra-te disso, meu irmão, e alegra-te!

Nossa vida não é o único fardo dos anos, e nosso caminho não é a única longa jornada. Nenhum poeta é obrigado a cantar uma canção antiga. A flor murcha e morre, mas aquele que a leva não precisa lamentar isso para sempre...

Lembra-te disso, meu irmão, e alegra-te!

É preciso haver uma pausa absoluta para transformar a perfeição em música. A vida se inclina para o poente e se afoga em sombras douradas. O amor deve ser chamado de seus divertimentos para beber a dor e ser elevado ao céu das lágrimas...

Lembra-te disso, meu irmão e alegra-te!

Apressemo-nos a colher nossas flores, antes que o vento passageiro arranque suas pétalas. Nosso sangue se acelera e nossos olhos brilham quando arrebatamos beijos que se perderiam, caso nos demorássemos. Nossa vida é anciosa e nossos desejos são ardentes, porque o tempo faz badalar o sino da partida...

Lembra-te disso, meu irmão, e alegra-te!

Não temos tempo sulficiente para agarrar uma coisa, esmagá-la e atirá-la ao chão. As horas passam rápidas, escondendo seus sonhos nas dobras de seu manto. Nossa vida é curta, e só nos deixa poucos dias para o amor; mas os dias para o trabalho e o tédio são longos e incontáveis...

lembra-te disso meu irmão e alegra-te!

A beleza é doce para nós, porque ela dança acompanhando o mesmo ritmo fugaz de nossas vidas, e o conhecimento nos é preciso, porque jamais teremos tempo de completá-lo. Tudo se realiza e se completa no Céu eterno, mas as flores da ilusão terrena permanecem eternamente frescas, graças à morte...

Lembra-te disso, meu irmão, e alegra-te! Abençoado Tagore Luz e Paz companheiro!

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